Em Brasília, nos dias 21 e 22 de outubro, o principal encontro do setor de Comércio e Serviços do Brasil reuniu empresários, autoridades e especialistas para debater os rumos da economia, da política e da inovação no país. Com o tema “As novas fronteiras da política e dos negócios”, o evento, no Royal Tulip, promoveu conexões estratégicas e fortaleceu a atuação institucional do setor produtivo.
O painel do VII Fórum Nacional do Comércio, conduzido pela Frente Parlamentar de Comércio e Serviços (FCS), reuniu o presidente da UNECS, Leonardo Severini, e os deputados Zé Neto (PT-BA) e Luiz Carlos Gomes (PL-RJ) para um debate sobre as conquistas e prioridades do setor. A discussão reforçou a importância da coesão política e do diálogo entre diferentes correntes para o fortalecimento do comércio e dos serviços no Brasil.
Leonardo Severini destacou que o setor teve papel ativo em pautas estruturantes do país, como a reforma trabalhista e a reforma tributária, classificando os avanços como “ganhos importantes” para a economia. Ele ressaltou ainda a capacidade de articulação da Frente: “Temos parlamentares até da oposição para garantir produtividade para o povo brasileiro.”
O presidente da UNECS também sublinhou que o trabalho da FCS é baseado em estudos e estatísticas que embasam decisões e posicionamentos: “Somos focados na atividade comercial e na prestação de serviços. Construímos dados que serviram de base para a construção de votos no Congresso.”
O deputado Luiz Carlos Gomes enfatizou o papel da Frente como canal de escuta e representação das demandas do setor. “Nós sabemos da dor de quem está na ponta. A Frente existe pra ser essa voz, uma voz forte junto com a UNECS, que traz informações e dados para embasar nossas defesas.” Ele lembrou vitórias recentes, como a derrubada do veto presidencial e a redução do IOF, mas alertou: “Tributos não dão mais. O setor está carregadíssimo.”
Já o deputado Zé Neto destacou que o principal papel das frentes parlamentares é ouvir e defender as prioridades do setor produtivo. Segundo ele, o trabalho simboliza a união de forças entre direita e esquerda em prol de resultados concretos. “Foi um passo decisivo para mostrar que o setor continua crescendo”, disse.
O parlamentar também alertou para desafios emergentes, como o impacto das apostas ilegais, que estariam drenando bilhões da economia brasileira. “As bets ilegais e legais estão sugando 30 bilhões por mês. Não é só o governo que deve enfrentar isso, mas também as frentes”, afirmou.
Encerrando o painel, Zé Neto destacou a coesão e o respeito construídos entre as entidades e os parlamentares. “Diferenças fazem parte do jogo. O importante é que conseguimos construir juntos, ultrapassar dificuldades e avançar.”
O debate marcou o encerramento do fórum reforçando a mensagem de que o diálogo, a união e a produção de conhecimento técnico são os caminhos para um setor mais forte, produtivo e protagonista no desenvolvimento do país.
