Representantes do setor produtivo, incluindo os líderes das instituições que formam a União Nacional de Entidades do Comércio e Serviços (Unecs), estiveram reunidos nesta terça-feira (18) com o CEO do Projeto Custo Brasil, Jorge Luiz de Lima, para falar como se darão os trabalhos da Subsecretaria Ambiente de Negócios e Competitividade, ligada à Secretaria de Especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia (Sepec).
De acordo com Lima, sua equipe foi dividida para atender às demandas de todos os setores do varejo brasileiro, com o objetivo de reduzir o chamado Custo Brasil em R$ 1,5 trilhões até março de 2022. O papel dos representantes de cada setor será dizer quais ações enxergam como fundamentais para se chegar ao objetivo do governo.
“Ninguém entende mais do setor produtivo como vocês, e este é o primeiro pilar do nosso projeto. Vamos unir o conhecimento de vocês à equipe competente que temos e criar um sistema para acompanhar todas as demandas”, explica Lima.
Como a equipe que vai se dedicar ao projeto é pequena, o CEO diz que será de responsabilidade de cada setor entregar os projetos com o máximo de detalhes técnicos possíveis que possam subsidiar sua viabilidade. “Queremos falar com todas as classes e trazer uma discussão muito rica para o governo. Vamos ter uma visão macro do Brasil. Ideias antagônicas vão surgir entre os setores e teremos de decidir qual caminho seguir com uma visão técnica, do que é melhor para o país, dos custos que serão reduzidos e dos empregos que serão gerados”, aponta.
Os projetos apresentados à Subsecretaria serão inseridos em uma plataforma, por onde cada representante conseguirá ver o andamento da sua demanda e onde e porque está parada, se for o caso. A ideia é que seja possível procurar representantes no Legislativo ou no Executivo para cobrar os motivos pelos quais os projetos estão parados e buscar soluções para isso.
Custo Brasil
O custo Brasil é um termo genérico, usado para descrever o conjunto de dificuldades estruturais, burocráticas e econômicas que encarecem o investimento no Brasil, dificultando o desenvolvimento nacional, aumentando o desemprego, o trabalho informal, a sonegação de impostos e a evasão de divisas.