Durante a posse do novo presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), João Galassi, nesta terça-feira (15), o ministro da Economia, Paulo Guedes, se disse otimista com a agenda de trabalho para o Brasil em 2021, e afirmou que, seguramente, o país tem potencial para crescer 4% no próximo ano. “Saúde e Economia andam juntas. Queremos vacinação em massa para um retorno seguro ao trabalho”, disse. O presidente da CACB e da Unecs, George Pinheiro, prestigiou o evento.
Guedes destacou a atuação do governo durante a pandemia, dando ênfase aos programas de manutenção dos postos de trabalho, que vão fazer com o Brasil chegue ao fim do ano com zero empregos perdidos. Citou vitórias alcançadas e desafios para o novo ano, como as mudanças em alguns marcos regulatórios, as privatizações, a independência do Banco Central e a reforma tributária. “Vamos fazer o possível para simplificar impostos, desonerar a folha de pagamento […] Se houver qualquer aliança de centro-esquerda para uma reforma diferente, essa não será a nossa reforma, garantiu.
O ministro disse ainda que a eleição de Bolsonaro deixou claro que a população queria uma economia de mercado e que eles têm de completar essa transição. Ao citar a reforma administrativa enviada ao Congresso Nacional, ele afirmou que o governo já vem repondo apenas 26 de cada 100 servidores que se aposentam, o que dá uma previsão de economia que pode chegar à casa de R$ 500 bilhões em 10 anos.
Após a fala de Gudes, o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, fez um breve comentário sobre sua atuação como presidente da Frente Parlamentar de Comércio, Serviços e Empreendedorismo (FCS) e destacou o trabalho realizado pela União Nacional de Entidades do Comércio e Serviços (Unecs), parceira da FCS e do governo na luta pela melhoria do ambiente de negócios no país. Marinho elogiou a condução de Bolsonaro no governo e do longo percurso que ainda tempos para que os empresários tenham um ambiente jurídico mais fácil para empreender.
“2020 foi um ano que se mostrou muito difícil, mas a ação do governo federal, combinada com a dos senhores, empreendedores, tem nos mostrado que poderemos sair mais fortes do que entramos neste ano. Acredito que 2021 será nosso ano, o da virada, da mudança do paradigma do Estado brasileiro, para fazer um Estado mais forte, justo e racional e que, verdadeiramente, sirva ao povo brasileiro e não se sirva dele”, declarou Marinho.
Gestão Abras 2021-2022
O evento desta tarde, realizado em Brasília, marcou a posse do novo presidente da Abras, João Galassi, eleito para o biênio 2021-2022. Em seu discurso, ele disse que um dos principais objetivos à frente da entidade é torná-la mais presente no dia a dia das empresas, no desenvolvimento dos negócios, na melhoria dos resultados e na preparação para uma nova agenda. Para isso, segundo ele, uma série de ações entrarão na pauta da Associação, como a criação da Diretoria de Inovação. “Vamos liderar a colaboração entre o varejo e a indústria no Brasil e criar um futuro próspero. Sabemos que cada vez mais a informação ganha valor estratégico para os negócios, e focar na qualidade de dados é uma das nossas prioridades”, disse.
Galassi destacou a importância das afiliadas da entidade e informou, ainda, a realização de uma pesquisa inédita que será feita com os supermercadistas para identificar o que eles esperam da Abras e atender a essas demandas. “Esperamos contar com a parceria e o apoio das associações estaduais nessa jornada. Daremos continuidade aos grandes pleitos do setor, que terão impacto direto na economia brasileira, como a comercialização dos medicamentos seguros nos supermercados, a reforma tributária e a chegada do PIX na forma de pagamento de vouchers”, pontuou.
Por fim, o novo presidente disse que trabalhará ao lado do governo, com uma agenda permanente de trabalho em defesa de um ambiente de negócios que incentive o empreendedorismo e que gere mais oportunidades
João Sanzovo, que deixa o cargo de presidente da Abras no fim do ano, agradeceu a toda a equipe da entidade e citou as três grandes crises enfrentadas por ele durante sua gestão: a operação carne fraca, a greve dos caminhoneiros e a pandemia da Covid-19. Apesar disso, para ele, o setor supermercadista foi contemplado com diversas conquistas, como o reconhecimento como atividade essencial, as reformas trabalhista e da Previdência, a lei de diferenciação de preços de acordo com o meio de pagamento, a lei do Supersimples, entre outros.
“Foi uma grande honra fazer parte desse time. Agradeço a confiança, aos empresários, às autoridades políticas que contribuíram com as conquistas e a todos que fizeram parte da gestão. Juntos, fizemos história na evolução do setor”, declarou.